segunda-feira, setembro 11, 2006

Review - The Number of the Beast (Iron Maiden)

Para aliviar um pouco a minha cabeça dos estudos para a ANPEC, lá vou eu escrever mais um post intimista.

Esse foi o meu primeiro "grande" disco. Foi o primeiro clássico do rock pesado que eu comprei, lá em meados de março ou abril de 2000 (putz, como estou ficando velho!).

Nessa época eu tinha 15 anos, e já estava decicido que o rock'n'roll (pesado ou não) era o meu estilo musical de sangue, e procurava insistentemente a "banda ideal" (um visível caso de um adolescente procurando ídolos externos para se espelhar, mas isso é melhor deixar pra lá). Eu já ouvia Sepultura, Metallica (moderno) e Marilyn Manson, mas não estava satisfeito: precisava encontrar a banda que conseguisse associar o peso do heavy metal (guitarras distorcidas e ritmo forte) com melodias realmente musicais (ao contrário de Sepultura e Marilyn Manson, que eu progressivamente fui deixando de lado) e instrumentistas de técnica apurada.

Já tinha ouvido boas opiniões de amigos que tinham esse disco, e quando eu fui ouvir pela primeira vez (na Banana Records do Iguatemi, eu me lembro) ... só pensei: "É essa, A banda!". Comprei o disco imediatamente (era época em que o CD original e novo custava em torno de 20 reais, um preço acessível para o consumidor brasileiro, ao contrário dos 40 pila atuais, mas também é melhor deixar pra lá).

The Number of The Beast é o primeiro disco do Iron com o Bruce Dickinson nos vocais, e, muito provavelmente, é o melhor disco da história da banda. De cara, as minhas músicas favoritas foram Invaders e Run to The Hills, que por sinal, são as mais rápidas (também... eu era acostumado a curtir Sepultura...). Mais tarde, conforme meu gosto musical foi mudando, se aprimorando (ou não), passei a dar maior destaque para as músicas mais refinadas e complexas, como Children of The Damned, uma balada de refrão muito forte, e Hallowed be Thy Name, commais de 7 minutos de muitos solos e riffs de guitarra. Mas, na real, cada faixa tem o seu valor, a sua própria inspiração, o que faz do disco como um todo um grande ponto de destaque na história do heavy metal e do rock internacional.

Hoje em dia, minha índole rockeira já está bem abastecida com obras de bandas como AC-DC, Black Sabbath, Nightwish, Chuck Berry, Led Zeppellin, entre muitas outras. Mas cada vez que eu pego esse disco, e principalmente quando escuto os primeiros riffs de "Invaders", eu me lembro daquele adolescente recém-convertido ao mundo do rock, que tinha como principal meta de vida procurar a "banda ideal", os seus ídolos e, no final das contas, a definição de sua própria identidade pessoal e de sua personalidade, manifestada pelos seus gostos artísticos.

OBS. Pra quem agüentou ler até aqui, esse post foi só para eu me lembrar que em outras fases da minha vida as minhas preocupações e metas pessoais não se resumiam a encontrar pontos de tangência e pontos na prova da ANPEC. Agradeço a compreensão.

Um comentário:

Anônimo disse...

Pontos de tangência são melhores metas do que procurar "a banda ideal"
hauhauhauhauahuahu